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Transtornos e Desordens

*Tive que replicar este artigo que li no blog do professor Aguinaldo Pavão.

Artigo de JOÃO UBALDO RIBEIRO
O Estado de S.Paulo – 15/07/2012

De uns tempos para cá, é cada vez mais forte a tendência a não se ver o indivíduo como responsável pelos próprios atos. No terreno da ciência social esquerdoide, o sujeito é assaltante porque lhe faltaram oportunidades, não teve educação, vive numa sociedade consumista, foi vítima de bullying e mais quantos indicadores se concebam, em pesquisas cujos resultados são definidos pela própria formulação e, muitas vezes, não passam de manipulações pseudoestatísticas, destituídas de base sólida. Enxergam-se relações de causa e efeito inexistentes, que resistem até mesmo à óbvia verdade de que a ampla maioria dos que enfrentaram e enfrentam essas situações não é de delinquentes.

No terreno da psicanálise de boteco, o sujeito surra mulher e filhos porque foi também surrado, principalmente pela mãe. Ou – pois a psicanálise de boteco tem o condão de adaptar suas explicações e a causa que, num exemplo, surte determinado efeito em outro surte efeito contrário – porque não foi surrado e nem sequer advertido e, assim negligenciado pela mãe, nutre amor e ódio pela figura materna, na qual desconta seus recalques baixando a porrada na santa mãe de seus filhos, os quais também apanham porque dividem as atenções da dita figura materna. Ou qualquer outra especulação asnática, das muitas que volta e meia ainda ouvimos.

Agora, por meio da entusiástica colaboração de cientistas, psiquiatras e, principalmente, fabricantes de drogas psicoativas, vamos ingressar definitivamente na era em que qualquer comportamento ou qualquer emoção serão vistos como uma doença mental, no sentido mais lato do termo. Aliás, pouco se tem usado a expressão “doença mental”. O chique agora, que repetimos como papagaios bem ensinados, é “transtorno”, “desordem” ou “distúrbio”. Sabemos que certamente a maioria dos psiquiatros e das psiquiatras, bem como a maioria dos cientistos e cientistas, embora talvez não a maioria dos fabricantes e fabricantas de drogas, não é constituída de enganadores venais e inescrupulosos, que tomam dinheiro dos fabricantes para promover a vendagem bilionária de remédios. Mas muitos e muitas são (está certo, vou parar com este negócio de flexionar os gêneros de tudo, sei que é chato; mas é só porque quero mostrar como certas coisas enfeiam e aleijam nossa já tão perseguida língua portuguesa) e a bandidagem deles combinada vai de vento em popa.

O número de transtornos e desordens aumenta exponencialmente e já se observou que, anunciado um novo mal, de que antes não havia relato, logo surgem novos “pacientes”, gente que agora padece de síndromes também antes nunca descritas. E os males do espírito, digamos, muitas vezes não geram sintomas físicos, ou, se geram, são de difícil definição etiológica, de forma que o diagnóstico vira conceitual e subjetivo: eu acho que você está deprimido porque acho que seu quadro configura o que eu acho que é depressão.

Não há mais preguiça, há transtornos ou desordens de atenção, de motivação, de interação social, de tudo o que se possa imaginar. Não há mais agressividade, rudeza no trato, timidez, temperamento calado, nada disso, só há transtornos e desordens. Quando expira a patente de uma droga, seu fabricante se apressa a criar, novamente com a ardorosa colaboração de cientistas e psiquiatras contratados ou subvencionados generosamente, uma nova doença, a que a mesma droga se aplique, mudando apenas de nome. Emoções antes normais em qualquer ser humano podem facilmente revelar-se transtornos ou desordens, conforme o freguês e a moda psiquiátrica corrente. Não se fica mais triste, fica-se deprimido. Não se fica mais ansioso pela antecipação de alguma coisa, fica-se com distúrbios de ansiedade. E para tudo há uma pílula.

Claro, chegaremos, se já não chegamos e ainda não nos demos conta, ao ponto em que todo indivíduo, se confrontado com um hipotético “padrão normal”, será portador de vários transtornos, distúrbios e desordens. Qualquer acontecimento que afete suas emoções, seu estado de ânimo ou mesmo seu bem-estar físico deverá ser objeto de controle medicamentoso. Posso até imaginar que talvez já exista, e no futuro poderá prosperar, a figura do PP, o Personal Psychiatrist, não para receitar ou atender no consultório seu cliente milionário, mas para acompanhá-lo ao longo de todo o dia, ministrando-lhe a droga apropriada para a manifestação de qualquer de seus inúmeros distúrbios.

A infância, com a falsa descoberta de um número alarmante de bebês portadores de transtorno bipolar, passou a ser uma doença. Assim como, com toda a certeza, a puberdade, a adolescência, a jovem maturidade, a meia-idade e a velhice. Tudo doença, é claro, bola nisso tudo, bola em toda a existência, você é que pensa que é sadio, é porque não procurou direito sua doença. E, aliás, sugere a prudência que escolhamos logo nossos transtornos, desordens e distúrbios, porque do contrário poderemos estar sujeitos a que escolham por nós. E ninguém escapará, porque o objetivo é englobar toda a Humanidade.

O problema não é a ciência decretar que, de uma forma ou de outra, somos todos malucos. Isso todo mundo às vezes pensa. O problema é quando decidem qual é a nossa maluquice e nos forçam a uma “normalidade” que não queremos e não temos por que aceitar. A chancela da ciência pode ser adulterada. E não é impossível que, em determinadas situações, divergências com o Estado, ou com grupos de poder, acarretem muito mais que censura às artes e à imprensa. Podemos ser forçados a agir “normalmente” e considerados insanos, se discordarmos da normalidade oficial. Na União Soviética, houve tempo em que quem divergia do Estado era carimbado como doido varrido e encafuado num hospício. Tenho medo de não me encaixar na portaria da Anvisa que defina a normalidade e ser obrigado a tomar um Abestalhol por dia.

Neil Gaiman e a Montanha

 

Depois de assistir umas cinco vezes este discurso do Neil Gaiman (que eu conheço, principalmente, pelo seu trabalho maravilhoso com a série Sandman), senti uma necessidade irresistível de legendar e compartilhar a sabedoria desse cara com todos vocês. Se, por um lado, eu me senti atingido em cheio pelo tema que ele aborda, também acredito que os seus conselhos podem ser aplicados para qualquer tipo de busca em nossas vidas.

Dedico esta legendada – feita em uma noite insone e chuvosa – especialmente para meus amigos que, de alguma forma, são envolvidos pela busca constante do próprio destino. Aos que não apostam no cavalo favorito, desafiando as probabilidades, encontrando o próprio ritmo, encarando o abismo da alma; que essa inquietude permaneça viva, pois a angústia aristotélica vale a pena, e ela é fundamental para a boa Arte, e para a boa vida.

Continuem caminhando na direção de suas montanhas.

 

Neil Gaiman – Discurso na University of the Arts – 2012 from Rafael Ceribelli on Vimeo.

Meditações

 

O ano era 168 d.C.

O imperador Marco Aurélio encontrava-se doente, debilitado pela longa campanha contra os bárbaros germanos, que insistiam – com um vigor nunca visto antes – em transgredir as fronteiras e desafiar as leis do grande Império Romano. Depois de mais de um século de relativa paz, os mercenários do Norte, sedentos por sangue e destruição, se aproveitavam do relaxamento das Legiões militares de Roma para orquestrarem ataques violentos nas fronteiras romanas.

O anúncio de uma nova era estava chegando. As pequenas vilas haviam sido invadidas e massacradas, e os germânicos não pouparam sua crueldade ao trucidar homens, crianças e mulheres romanas e gaulesas. Sangue estava sendo derramado no solo imperial. Roma precisava reagir.

Carregando um pequeno bloco de anotações, Marco refletia sozinho sobre a sua incômoda situação, consternado com o destino que os deuses o haviam imposto. Ele não era um guerreiro; foi formado para ser um diplomata e um filósofo. Todas suas habilidades eram secundárias nesses tempos de guerra: o momento exigia que a espada do Império fosse novamente alimentada com sangue, preservando os cidadãos da sede de vingança bárbara que há tanto tempo encontrava-se adormecida nas geladas florestas da Germânia.

Essas anotações ficaram para a posteridade, conhecidas pelo título de “Meditações”:

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Livro II – “Meditações”, de Marco Aurélio. Editado por Ceriblog.

 

“Ao despontar da aurora, faço essas considerações: encontrarei com um indiscreto, com um ingrato, com um insolente, com um mentiroso, com um invejoso, com um não sociável. Tudo isso lhes ocorre por ignorância do bem e do mal. Mas eu, que observei que a natureza do bem é o belo, e que o mal é vergonhoso, não posso receber dano de nenhum deles, pois nenhum me cobrirá de vergonha. (…) Isso é tudo que sou: um pouco de carne, um breve fôlego vital e uma força interior. Abandone os livros! Não me distrairei mais; não é permitido para mim. (…) Reflete assim: és velho, não aceite por mais tempo ser um escravo, não arraste-se como uma marionete atraída pelos instintos egoístas, não fale mal sobre o destino do presente e não tema o futuro. (…) Não permita que te arrastem os acidentes exteriores; procure tempo livre para aprender algo bom e pare de ficar girando igual à um peão.

Tenha convicção de que seu tempo sempre está acabando, e que você pode sair da vida em qualquer momento. Faça, fale e pense todas e cada uma das coisas em consonância com essa simples ideia.

O tempo da vida humana: um ponto. Sua substância: um fluxo. Sua sensação final: trevas. Sua alma: um redemoinho. Sua felicidade: algo difícil de prever. Em poucas palavras: tudo o que pertence ao corpo é igual um rio que flui. A vida, a guerra, o instante, o esquecimento. O que pode, então, ser nossa companhia?

Única e exclusivamente a filosofia. E ela consiste em preservar o seu caminho interior, isento de danos e ultrajes, sendo dono de seus próprios prazeres e dores, sem fazer nada ao acaso, e sem valer-se da mentira e da hipocrisia.

Não ajas contra tua vontade, nem de maneira insociável, nem sem reflexão, nem arrastado por opiniões de outros. Não coloque uma máscara em seus pensamentos. Seja fiel aos deuses que habitam dentro de ti, porque eles são os verdadeiros protetores e guias do homem venerável”

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De Passagem

Retirado e editado da obra “Assim Falava Zaratustra”, de Friedrich Nietzsche

“Cruzando assim, lentamente, muitos povos e cidades, regressava Zaratustra para sua montanha e sua gruta. E caminhando de passagem chegou também de supetão à porta da grande cidade: porém ai caiu sobre ele, obstando-lhe a entrada, com braços estendidos, um louco furioso. Era o mesmo louco a quem o povo denominava “o macaco de Zaratustra”porque imitava um tanto a forma e o ritmo da sua frase, e lhe aprazia também explorar o tesouro de sua sabedoria.

O doido, portanto, assim falou a Zaratustra:

“Ó, Zaratustra! É esta a grande cidade: aqui nada você tem a procurar, porém tudo a perder.

Para que quer se introduzir neste lodaçal? Tenha compaixão dos seus pés! Cospe à porta da cidade e volte sobre seus passos! Isto é um inferno para os pensamentos solitários. Aqui se cozem vivos os grandes pensamentos. Aqui, estes se reduzem à papa. Aqui apodrecem todos os grandes discernimentos; aqui só se pode ouvir o crepitar dos amores mirrados. Não sente o cheiro dos matadouros e das bodegas do espírito? Não fumega esta cidade com os vapores dos espíritos sacrificados?

Não vê, penduradas, as almas, como farrapos sujos? E desses farrapos, todavia, fazem periódicos!

Não ouve como aqui se troca o talento por um jogo de palavras? Cospem repulsivas intrigas verbais! E dessas intrigas fazem, também, periódicos!

Provocam-se sem saber por que. Entusiasmam-se e não sabem por que. Chocalham com a sua lâmina de folha e tilintam com seu ouro. Sentem frio e procuram aquecer-se com bebidas quentes; acaloram-se e procuram frescor nos espíritos gélidos; a opinião pública consome-os e torna-os febris.

As sensualidades e os vícios foram julgados aqui, todavia há também virtuosos, há muitas virtudes hábeis e laboriosas, virtudes com dedos ágeis, com carnes duras para suportar boas sessões, com o peito enfeitado de cruzinhas bentas por mocinhas enchumaçadas e sem nádegas.

Também aqui há muita devoção, muita adulação cortesã e muita vileza ante o deus dos exércitos. ‘Eu sirvo, tu serves, nós servimos’. Assim suplicam ao soberano todas as virtudes apta, para que a merecida estrela se prenda afinal ao peito esquálido.

Em nome de tudo quanto é límpido, forte e bom que em ti existe, Zaratustra, cospe a esta cidade dos merceeiros e vá-se embora. Aqui corre, por todas as veias, o sangue dos viciados, pobre e espumoso; à cidade dos importunos e impertinentes, dos escribas e tagarelas, dos ambiciosos enfurecidos; à cidade onde se reúne todo o corroido, desconsiderado, libidinoso, sombrio, putrefato, depravado e esconjurado; cospe à cidade e volte!”

Neste ponto, Zaratustra interrompeu o louco e tapou-lhe a boca

“Cale-se” – exclamou Zaratustra – “Por quê viveu tanto tempo à beira do pântano, a ponto de você mesmo se converter em rã e sapo? Não correrá agora, em suas próprias veias, um sangue imundo, viciado e espumoso? Por quê não se retirou para o bosque? Por quê não lavrou a terra? Não está o mar cheio de ilhas verdejantes?

Não ligo para o seu menosprezo; já que me alerta, por quê não preveniu a si mesmo? Só do amor surgirá o meu desprezo e a minha ave anunciadora – não do pantanal! Chamam-no de meu macaco, doido varrido; porém eu o chamo de suíno grunhidor; com o seu grunhido acaba de mutilar o meu elogio da loucura.

Em princípio, o que foi que lhe fez grunhir? Não o adularam o suficiente. Por isso sentou-se ao lado dessas imundícies, a fim de ter múltiplas razões de vingança. Que a vingança, doido varrido, seja a sua espuma toda: calei-o perfeitamente!

A sua lingua de louco, porém, prejudica-me até naquilo em que você tem razão. A ainda que tivesse mil vezes razão, você sempre estará apenas imitando a palavra de Zaratustra!”

Assim falava Zaratustra e, olhando para a grande cidade, suspirou e ficou um longo tempo calado. Finalmente disse:

“Também eu estou aborrecido nesta grande cidade, e não é só por causa de você, louco. Aqui e ali não há nada que melhorar nem que piorar. Ai desta grande cidade! Quereria ver já a chama de fogo em que há de se consumir! Que tais chamas de fogo hão de preceder o grande meio-dia; Isto, contudo, tem o seu tempo e seu próprio destino.

Para você, louco, dou-lhe este ensinamento à guisa de despedida: por onde não se pode amar, deve-se…passar”

Assim falava Zaratustra, enquanto passava pelo louco e pela grande cidade.

Como ser Cult & Agarrar Garotas no Valentino

Trecho do livro “Como ser Cult & Agarrar Garotas no Valentino”, de Júlio Tanga e Rodrigo Grota, roubado adaptado por CeriBlog.

 

“Se você acha aquelas garotinhas do Valentino uma graça, e tem vontade de estabelecer com elas algum tipo de relação além-amizade, confira as dicas:

1) Utilize bolsas a tiracolo, tênis excêntricos, óculos à Chico Xavier e calcas e camisas consideradas fora de moda (da grande moda, aquela acessível ao grande público!). Óculos estranhos – similares ao de trabalhadores metalúrgicos – também são muito bem vindos.

2) Seja triste. Trate de assuntos metafísicos, sem qualquer vínculo com a realidade sensível. Quanto mais devaneadores forem seus sintagmas, maiores serão as chances de impressionar a mulherada. Ser apologista do suicídio também ajuda a conquistar algumas lindas depressivas.

3) Cabelos, unhas…para que cortá-los? Isso é mera imposição social.

4) Evite qualquer piada ou comentários preconceituosos. Seja o mais politicamente correto possível! São permitidas, porém, quaisquer diatribes contra o Estado.

5) Ame a Arte. Mas só aquela que não seja acessível à grande massa. Em se tratando de cinema, por exemplo, procure elogiar cineastas como Robert Altman, Mário Peixoto, Woody Allen e Ingmar Bergman. Quanto aos escritores, siga os mesmos critérios: quantos menos leitores, melhores eles são. Borges e Galeano são bons modelos. (..) Em bares cult, é obrigatório o desprezo a Paulo Coelho e Jon Woo. Cuidado: se, mesmo que por acidente, você mencionar positivamente algum filme como “Braddock” ou algum livro vendido no Carrefour, todo o trabalho realizado até aqui pode se perder!

6) Não conheça detalhes de assuntos de domínio popular. É muito cult, por exemplo, não conhecer as regras do futebol e não se lembrar do nome de algum ator ou cantor famoso. Você ganhará muitos pontos com a garota se, ao se referir à péssima qualidade do Programa do Ratinho, por exemplo, utilizar frases como “É decadente o programa daquele cara…como é o nome dele mesmo? Eu vi uma vez o comercial… acho que é Gato, Coelhinho. Sei lá, é nome de animal”. Não fazer ideia de nomes de carros também é muito bom.

7) Ame jazz e blues. Isso é essencial para quem quer obter sucesso no Valentino. Nomes de bandas de rock clássico – só não vale rock progressivo – e de MPB – aquele MPB que o povão odeia – também devem fazer parte de seu discurso. Uma boa fórmula: Lou Reed + Tom Zé = sucesso cult.

8) Seja de esquerda. Fazer parte de movimentos estudantis e odiar reitores de universidades fará de você alguém respeitado não só pelas garotas, mas também pelos rapazes do Valentino. Odeie a situação.

9) Seja vegetariano. Se você disser que odeia carne e que só se alimenta de vegetais, prepare-se… aquela garota de cabelo curtinho, fivelinha e camiseta do Blur já está apaixonada por você. Apaixonada, não. Ela estará numa “curtição”. Esse negócio de paixão é muito massificado.

10) Seja um ativista ecochato. Pule nos navios para impedí-los de caçarem baleias, faça passeatas a favor dos calangos. Se quiser um bicho de estimação, pegue um gato, que é independente, misterioso. Cachorro é massificado demais. Muito bobinho…

11) Admire fotos artísticas. Lembre-se que só são consideradas artísticas as fotos preto-e-branco e, preferencialmente, de gente pobre. Um senhor miserável e desdentado sorrindo para a lente de uma câmera de três mil dólares é o que há de mais expressivo em arte engajada.

12) Dê dois beijinhos. O cult nunca cumprimenta seus pares com a mão. A saudação é sempre feita com um ou dois beijinhos (nunca três, o número da grande massa!) É importante salientar que os ósculos são destinados tanto a garotas quanto a garotos, sem a antiquada distinção que se costuma fazer entre os dois sexos.

Pronto! Você já é cult.”

 

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